Ao abrir Teste da Urna 2025, ministra Cármen Lúcia ressalta transparência e confiabilidade do sistema eleitoral
Esta é oitava edição do evento, que conta com a participação de 27 investigadoras e investigadores, responsáveis por executar 35 planos aprovados

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, abriu, às 13h desta segunda-feira (1º), o Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais, o Teste da Urna 2025. Ao dar início ao evento, a ministra enfatizou o papel do Teste para concretizar os princípios da transparência, integridade, segurança e confiabilidade dos sistemas eleitorais. Esta é a oitava edição da iniciativa, que integra o Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2026. O Teste da Urna prossegue até sexta-feira (5), em ambiente previamente preparado no edifício-sede do Tribunal, em Brasília.
Na manifestação, Cármen Lúcia destacou que o Teste da Urna permite a participação direta da sociedade na busca por aprimoramentos dos sistemas eleitorais. “Convidamos a sociedade para investigar, examinar e verificar se há alguma vulnerabilidade que ainda tenha que ser corrigida antes das eleições, daqui a dez meses”, afirmou.
A ministra disse que o Teste da Urna 2025 vai além da verificação do equipamento e envolve diversos programas que integram o sistema eleitoral. Além disso, a magistrada assinalou que a urna eletrônica brasileira é modelo para o mundo, porque é testada várias vezes, o que garante a absoluta confiança na integridade do equipamento.
“Que o eleitor e a eleitora saibam que o que for posto por eles na urna será apurado, o que for apurado será totalizado e o que for totalizado será proclamado como resultado para a garantia da absoluta confiabilidade do sistema eleitoral”, ressaltou.
Recorde de inscritos
A edição deste ano do Teste da Urna registrou recordes de participação. No total, foram 122 inscrições e 149 investigadoras e investigadores cadastrados, que apresentaram 109 planos de teste. Após avaliação da Comissão Reguladora e do encerramento do prazo recursal, 38 planos foram aprovados para execução durante os cinco dias do evento. Contudo, depois da desistência de participantes, serão efetivamente colocados em prática por 27 investigadoras e investigadores 35 planos de testes.
Na abertura do evento, a ministra Cármen Lúcia assinalou justamente o crescimento do interesse social e o rigor técnico do processo. “Tivemos o maior número de investigadores e de propostas já apresentados. Tivemos 38 propostas selecionadas, seguindo critérios objetivos divulgados previamente.”
Embora o edital tenha previsto até 15 inscrições, excepcionalmente, a Presidência do TSE autorizou a ampliação para 17, diante da qualidade das propostas encaminhadas.
Aperfeiçoamento contínuo
Criado em 2009 e regulamentado pela Resolução TSE nº 23.444/2015, o Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais é aberto a cidadãs e cidadãos brasileiros maiores de 18 anos que cumpram os requisitos do edital. Tem como objetivo identificar eventuais vulnerabilidades relacionadas à integridade ou ao anonimato do voto, para correção antes das eleições. As edições anteriores do Teste ocorreram em 2009, 2012, 2016, 2017, 2019, 2021 e 2023.

Cármen Lúcia disse que o aperfeiçoamento contínuo dos sistemas, por meio da verificação da sociedade, e a apresentação de propostas são condições essenciais para preservar a confiança pública no processo eleitoral.
“É sempre bom e necessário aprimorar esses testes para que a gente tenha uma eleição no ano que vem, mais uma vez, segura, tranquila, transparente e, acima de tudo, com o devido sossego eleitoral da eleitora e do eleitor brasileiro. Ele pode confiar que o voto será computado como ele mesmo registrou. Será o que ele resolver colocar na urna, nada mais nada menos, sem interferência de quem quer que seja”, observou a presidente do TSE.
Agradecimentos
Na oportunidade, a ministra agradeceu investigadoras, investigadores, servidoras e servidores da Justiça Eleitoral pela dedicação, ao longo da semana de testes, para o fortalecimento da democracia.
“Agradeço a participação de todos, que terão, nesta semana, uma atuação específica para conhecer o que são os sistemas eleitorais, como eles atuam, como podem ser questionados e, a partir desse questionamento, fortalecer os sistemas e, com isso, fortalecer a democracia brasileira”, finalizou.
Fonte: TSE




