A solidariedade se tornou uma das principais armas contra a pandemia da Covid-19. Muitos voluntários têm se mobilizado para ajudar pessoas em estado de vulnerabilidade social. Distribuição de alimentos, doação de produtos de higiene pessoal e consultas gratuitas são algumas das ações solidárias ofertadas a cerca de 300 pessoas em situação de rua na cidade de Florianópolis.
São cidadãos e instituições se unindo para enfrentar e superar uma das maiores crises de saúde pública do mundo. Entre eles está Cristiane de Resende Moreira Santos, ou Cris Resende, para os colegas do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina. Integrante do Coletivo Repor – grupo de voluntários que realiza ações solidárias pelas ruas da Capital catarinense –, ela e outras dezenas de pessoas, que já atendiam a população em situação de rua, estão concentrando o trabalho na Passarela Nego Quirido, na região Central de Florianópolis, onde essa população vulnerável foi alojada devido à pandemia.
Os grupos que, costumeiramente, ofertavam diariamente refeições para as pessoas em situação de rua se uniram e nasceu a “Rede com a Rua”. Uma organização interna que possibilitou uma escala de grupos que ofertam a refeição noturna e lanches para cerca de 300 pessoas na Nego Quirido. A comida é preparada em locais habituais dos grupos de voluntários ou na cozinha do padre Vilson Groh, na paróquia da Igreja Nossa Senhora, no Monte Serrat. O café da manhã e o almoço são oferecidos pela Prefeitura de Florianópolis.
Para Cris, a sociedade civil – por meio dos voluntários, individuais ou organizados – tem feito um trabalho que faz a “roda girar”. Vão desde o apoio para servir um suco, passando pelo voluntário que “esquenta a barriga nos panelões sobre o fogão”, até aqueles que cedem um pouco do tempo para conversar com as pessoas em situação de rua.
“É um trabalho de voluntários. Neste período de isolamento social, outras pessoas foram procurar o grupo para ajudar. A partir disso foi organizada uma rede de voluntários que está contribuindo de diversas formas”, conta Cris.
Cotidiano na Passarela
Diante da pandemia do Covid-19 e da necessidade de isolamento, as centenas de pessoas em situação de rua na Capital catarinense foram levadas para a Passarela Nego Quirido. Mobilizações junto à Secretaria de Assistência Social de Florianópolis foram promovidas e conquistou-se a abertura de novos espaços dentro do local. Foram realizadas, por meio de uma campanha, doações de colchões.
O cotidiano na Passarela Nego Quirido é visto como um desafio para a servidora do TRE. “É lidar com as diferenças, com o frio, com tensões, com abstinências, com combinações, com recombinações, mas, também, com histórias muito bonitas”, comenta Cris, ao lembrar que entre os voluntários encontra-se professores, matemáticos, contadores, engenheiros, entre outras profissões.
Ela agradece o apoio que tem recebido da sociedade e dos colegas do TRE-SC. “Quero agradecer aos colegas do TRE que fizeram doações financeiras. Agradecer outras pessoas que fizeram doações de livros, de roupas de frio, que aliás é o que mais se precisa neste momento, e tênis, principalmente para a população masculina”, disse.
Segundo Cris, o trabalho dos voluntários nessa pandemia mostra que o bem estar social é um direito de todos e deve ser a luta de cada cidadão. “Graças a essas pessoas, um mínimo de dignidade está sendo oferecido”, conclui.
Quem deseja contribuir com essa ação solidária para compra de mantimentos básicos para pessoas em situação de rua, a conta é: Empreenda Social, Banco Inter (077), Agência 0001, Conta Corrente 4502688-2, Código do Operador 67539534, CNPJ: 35.361.373/0001-72.
Se você quiser se voluntariar, pode entrar em contato por meio do whatsapp do Vol Passarela Covid-19 (48 98441-0217).
Por Paulo Rolemberg
Assessoria de Comunicação Social do TRE-SC