Palestra traz mais esclarecimentos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Ação faz parte da campanha Abril Azul - Caminhando juntos pelo entendimento do TEA

Palestra traz mais esclarecimentos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Aconteceu nesta quinta-feira (27), na Sede do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), de forma presencial e com transmissão ao vivo pelo canal do Tribunal no YouTube, a palestra "Caminhando juntos pelo entendimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA)", com a psicóloga Stephanie Lischka.

Dia 2 de abril foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e o TRE-SC está promovendo durante todo o mês a campanha “Abril Azul - Caminhando juntos pelo entendimento do TEA”, como parte das ações da campanha "Nossa Saúde Mental Importa". Esta ação contou também com o apoio da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRE-SC e do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Os objetivos são: esclarecer, conscientizar e contribuir para o entendimento do TEA; combater o preconceito e a discriminação; promover inclusão e acolhimento e estimular a busca por diagnóstico e a aceitação do transtorno pelo indivíduo e pelos que com ele convivem.

Para Stephanie Lischka, o autismo ainda tem muitas incógnitas e quanto mais se entender sobre ele e a evolução dos estudos é possível compreender melhor as pessoas que têm o diagnóstico. “A sociedade precisa conhecer esse grupo de indivíduos que tem um pensamento diferente, um jeito diferente de se portar, o quanto é importante a gente incluí-los no nosso convívio também. Cada estudo que vem avançando dá mais suporte para que a gente compreenda o autismo nesse espectro que existe”, acrescentou.

A palestrante iniciou o encontro com um histórico da evolução da nomenclatura do autismo. A primeira denominação ‘Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo’ foi dada pelo médico Leo Kanner, em 1943. De lá para cá, passou por diversas nomeações como o autismo e a Síndrome de Asperger classificados como condições distintas e, desde 2022, todos foram englobados no Transtorno do Espectro Autista.

O autismo é descrito como o transtorno do neurodesenvolvimento que faz com que a pessoa sinta e vivencie o mundo de uma forma diferente e única.

Na exposição, a psicóloga esclarece que o TEA é classificado em níveis 1, 2 e 3. E para chegar ao diagnóstico são levados em conta alguns sinais, entre outros, não manter contato visual; não atender quando chamado pelo nome; não usar brinquedos de forma convencional; fazer movimentos repetitivos sem função aparente; não falar ou não apontar para demonstrar o que quer; repetir frases e palavras em momentos inadequados, sem devida função; não compartilhar interesse; não brincar de faz-de-conta e apresentar interesse restrito por um único assunto (hiperfoco).

Em relação às leis para este grupo de indivíduos, Stephanie informa que a Lei Federal Berenice Piana (Lei 12.764/2012) é considerada um marco por instituir a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. A legislação estabeleceu que a pessoa com TEA é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais. Em Santa Catarina, a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista foi instituída pela Lei n. 17.292/2017. A pessoa com TEA também tem direito a uma identificação própria: a Carteira do Autista. Instituída no estado pela Lei n. 17.754/2019, a carteira garante ao autista a preferência no atendimento pessoal em instituições públicas e a gratuidade no transporte intermunicipal de passageiros.

Muito interessada e curiosa, a plateia interagiu bastante com a palestrante. O servidor Augusto César Campos compartilhou sua experiência de receber o diagnóstico tardio de TEA nível 1 no ano passado, aos 49 anos. “Saber o que eu sou me liberta”, afirmou.

Segundo Simone Di Bernardi Martins, da Seção de Saúde do TRE-SC, o objetivo de trazer a palestra para o Tribunal é que as pessoas tenham mais intimidade com o assunto e possam lidar com essa situação. “A grande importância é promover a inclusão e desmistificar o TEA”, afirmou.

Assista à entrevista onde Augusto relata sua vivência até o diagnóstico.

A palestra também está disponível no canal do TRE-SC no YouTube.

Durante todo o mês de abril, também está sendo promovida mais uma edição do TRE-Solidário, através da ação social em prol da AMA (Associação de Pais e Amigos de Autistas), com arrecadação de brinquedos pedagógicos, material de escritório e de limpeza, tinta guache, bolhas de sabão e massa de modelar. A caixa para donativos está no hall do prédio Sede, e também é possível doar por Pix (CNPJ 00182149000139).

Por Júlia Machado

Assessoria de Comunicação Social do TRE-SC

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