Urna eletrônica da JE de SC é usada para eleger autodefensores da APAE Paulo Lopes
Eleição comunitária ocorreu nesta quarta-feira (27)

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Paulo Lopes, na Grande Florianópolis, escolheu dois novos autodefensores nesta quarta-feira (27). A eleição comunitária aconteceu na escola da associação e utilizou uma urna eletrônica cedida pela Justiça Eleitoral de Santa Catarina.
Dentre seis candidatos disputando a posição, os eleitos foram Rubens Aleff Assad e Manuela dos Santos Souza. Os escolhidos ficarão no cargo por três anos, iniciando em 2026.
Segundo João Sebastião de Andrade, servidor da Assessoria Técnico Eleitoral e Voto Informatizado do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), essa é a primeira vez que o Regional empresta uma urna eletrônica para uma eleição de autodefensor da APAE.
A iniciativa para o uso da urna eletrônica surgiu a partir da própria APAE de Paulo Lopes. De acordo com a diretora da associação, Silvia Regina Bruschi, “um ex-vereador esteve em nossa escola realizando uma palestra sobre democracia e, durante a conversa, citou a possibilidade de realizar a votação com a urna”.
Com o resultado, Rubens e Manuela assumem a função de defender os próprios direitos e os do grupo, sendo, conforme Silvia Bruschi, porta-vozes que representam e expressam as necessidades e anseios das pessoas com deficiência e, assim, lutando por mudanças e melhorias na sociedade.
“Eles atuam para garantir autonomia, inclusão e o cumprimento de leis, quebrando barreiras e incentivando o empoderamento para que as pessoas com deficiência sejam ouvidas e vistas”, complementa.
A função de autodefensor da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) também inclui:
- Estar presente e ter voz em eventos e reuniões oficiais da APAE, para garantir a participação das pessoas com deficiência nas decisões;
- Sugerir ações de melhoria para os programas, atividades e serviços da APAE, garantindo que atendam às reais necessidades do grupo;
- Contribuir para o fortalecimento das pessoas com deficiência, incentivando sua inclusão em todos os segmentos da sociedade;
- Ser um líder que oferece apoio aos colegas e atua como um modelo de autonomia e desenvolvimento pessoal;
- Divulgar informações e conscientizar outras pessoas sobre a importância dos direitos e do movimento de autodefensoria.
O uso de urnas eletrônicas em eleições comunitárias
Além das eleições político-partidárias que ocorrem a cada dois anos, as urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral de Santa Catarina também podem ser utilizadas para eleições comunitárias — entidades públicas organizadas e instituições de ensino.
Para isso, o Tribunal Superior Eleitoral apresenta na Resolução 22.685/2007 quais são os requisitos para que os tribunais regionais eleitorais possam emprestar as urnas eletrônicas.
Ainda, a Justiça Eleitoral de Santa Catarina também desenvolveu o Sistema e-Voto, uma tecnologia de votação online. Assim como as urnas eletrônicas, o sistema e-Voto também pode ser solicitado para eleições comunitárias.
Texto por Aline Ramalho
Assessoria de Comunicação Social